terça-feira, 30 de dezembro de 2008

http://br.youtube.com/watch?v=nV_Y7bcGM8E
A freguesia de São Miguel de Outeiro, em Tondela, viu, ontem, regressar à terra Natal dois militares que morreram em combate em Moçambique, em 1966. Mais de 40 anos depois, o Regimento de Infantaria 14 de Viseu presta honras militares aos dois combatentes antes do cortejo e cerimónias fúnebres na terra NatalO 1.º Cabo Aníbal Rodrigues dos Santos, natural da Freguesia de São Miguel do Outeiro, no concelho de Tondela, nasceu 1942 e foi incorporado no Exército , em 1963, no Batalhão de Caçadores nº 6, em Castelo Branco. Posteriormente, foi transferido para a Arma de Engenharia e colocado no Regimento de Engenharia nº 1, na Pontinha. Tirou a especialidade de operador de cilindro na Escola Prática de Engenharia em Tancos.Foi nomeado para servir em Moçambique na Companhia de Engenharia 651, mobilizada pelo Regimento de Engenharia nº 1. Embarcou em Lisboa em 15 de Julho de 1964. Morreu em combate no Norte de Moçambique em Maio de 1966, tendo sido sepultado no cemitério de Mueda.O Soldado Ernesto Correia Dias, natural da Freguesia de São Miguel do Outeiro, no concelho de Tondela, nasceu em 1943 e foi incorporado no Exército, em 1964, no Regimento de Infantaria nº 5 da Arma de Infantaria, tendo tirado a especialidade de atirador.Foi nomeado para servir em Moçambique na Companhia de Caçadores 696, mobilizada pelo Regimento de Infantaria nº 15, em Tomar.Embarcou em Lisboa em 1 de Abril de 1964. Morreu em combate no Norte de Moçambique em Março de 1966, tendo sido sepultado no cemitério de Nova Freixo.Os restos mortais dos dois militares regressaram, neste fim-de-semana, à sua terra Natal e, antes foram velados na capela do Regimento de Infantaria (RI) 14 de Viseu, onde tiveram direito a guarda de honra militar. Ontem, o RI14 organizou cerimónias militares com a presença das entidades civis máximas de Viseu e com algumas entidades militares, assim como a associação de âmbito regional e nacional de antigos combatentes.Uma cerimónia presidida pelo comandante do TI14, coronel Rui Moura, na companhia do comandante do RI15, de Tomar, coronel César Fonseca, o 2.º Comandante do RE1, o comandante da Companhia 651, coronel na reforma Maia e Costa e o comandante do Grupo de Combate do Grupo de Caçadores 696, José Pavão, também cônsul honorário da Guiné Bissau, assim como alguns militares das duas companhias.José Pavão na cerimónia militar tomou a palavra e, numa homenagem à mãe, ali presente, do antigo militar que comandou, Ernesto Dias, lembrou a hora da morte e as últimas palavras que o militar dirigiu à sua progenitora, na altura em que um projéctil atravessou o tórax do soldado e o deixou prostrado no chão.Alguns momentos de maior emoção que deram início ao cortejo fúnebre para São Miguel de Outeiro, não sem antes o comandante do RI 14 e o comandante do RI15 terem colocado a boina do Exército Português e a condecoração, a título póstumo, com a Medalha Comemorativa das Campanhas das Forças Armadas Portuguesas.Também os autarcas de Viseu e Tondela, Fernando Ruas e Carlos Marta, respectivamente, colocaram uma coroa de flores, nas urnas dos antigos combatentes.
A Delegação de Viseu, da Associação de Comandos, esteve presente, em representação da Direcção Nacional, através do seu respectivo Presidente e alguns Comandos da sua área de acção, participando em todas as cerimónias e ostentando o Guião da citada Delegação.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Este País não nos merece!...


Artigo publicado no Jornal de Noticias, da autoria do jornalista Mário Crespo
Foi notável o apelo que o presidente da República se sentiu obrigado a fazer ao Governo para que se cumpra com as responsabilidades que o Estado tem com os que sofrem as consequências das guerras coloniais. A assistência aos deficientes das Forças Armadas tem sido considerada questão menor. Sucessivos governos têm aguardado que o problema dos antigos combatentes em geral e dos deficientes em particular se resolva por si. Na realidade é isso que tem acontecido. A morte prematura resolve com arquivamentos definitivos, um a um, processos protelados em burocracias complicativas, diligentemente alinhavadas para satisfazer expectativas orçamentais. Têm-se inventado redefinições dos graus de invalidez. Reavaliado o que são situações de guerra e de combate. Tudo para conseguir roubar na assistência aos veteranos. Burocratas que não imaginam o que foram as décadas de desumanização que gerações de jovens dos anos 60 tiveram que enfrentar decidem agora em termos de custo-beneficio se vale a pena rubricar nos orçamentos as verbas necessárias, ou se é de aguardar mais uns anos até que os problemas naturalmente se apaguem. Não se trata só de acudir ás deficiências mais óbvios, que infelizmente têm sido descuradas ou insuficientemente assistidas. Há graves consequências clínicas da guerra que estão a ser mantidas discretamente afastadas do foco mediático. O elevado número de antigos combatentes que padece hoje de uma forma particularmente virulenta de Hepatite C é uma dessas situações. São as vítimas directas das vacinações em massa sem seringas descartáveis, que eram norma nas Forças Armadas até bem dentro da década 70. Centenas de milhar de jovens foram injectadas nas piores condições sanitárias possíveis. Era usada a mesma seringa colossal de uns para os outros. Apenas substituíam as agulhas que depois de fervidas voltavam a ser reutilizadas. As hipóteses de contágio eram máximas. A Hepatite C é assintomática durante dezenas de anos, até os danos no fígado serem irreversíveis e, numa alta percentagem, fatais. Nunca houve um programa de rastreio sistemático dos antigos combatentes. Mas já houve muitas mortes. Sei de várias e de casos em que, face a diagnósticos positivos em militares de carreira, não foram recomendadas medidas terapêuticas no próprio Hospital Militar. Porquê? Pode haver várias respostas. Que o tratamento é difícil e muito penoso. Que pode ser falível. Tudo verdade, como também é verdade que a despistagem e o tratamento são caríssimos e seria impensável nos actuais orçamentos de defesa torná-los extensivo aos sobreviventes da guerra colonial. Este é só um exemplo de consequências ignoradas da guerra que são responsabilidade do Estado. Haverá milhares de vítimas se se mantiver a ligeireza fútil e desumana como o problema tem sido encarado em democracia. Atitude que em nada se distingue da bestialidade com que, em ditadura, se enviaram gerações sucessivas de jovens para conflitos absurdos. Um pormenor mais. O mesmo governo que disponibiliza verbas significativas para assistir drogados contaminados em trocas de seringas descartáveis, já pagas pelo Estado, não considera prioritário destinar pelo menos o mesmo montante para assistir em hospitais militares antigos combatentes que padecem dos males que involuntariamente contraíram sem se drogarem.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Boas Festas

A todos os meus amigos "Comandos" espalhados por todo o mundo o desejo de um Bom Natal.


Funny Pictures. Christmas Garland

sábado, 13 de dezembro de 2008

Jantar de Natal

Mais uma vez e como vem sendo habitual, no dia 12 de Dezembro num restaurante da Srª da Hora, levamos a efeito o nosso jantar de natal. A organização da responsabilidade do Reis passou com distinção, quer pela escolha do restaurante, e pela decoração da mesa a que não faltaram os nossos simbolos dos "Comandos", estás de parabéns Reis!
Foi mais uma manifestação de amizade bem presente, em que o espirito Comando que nos tornou "diferentes" nesta forma de estar e viver esteve bem patenteado nesta reunião.
E para o convívio ser mais alegre, não faltou a troca de presentes entre todos de uma forma espontânea, e nada combinada o que demonstra que os velhos "Comandos" são imprevisiveis nas suas reações.
Para o ano, lá estaremos de certeza e com uma forte expectativa de que o Pai Natal também tenha o espirito "Comando" dando-nos como prenda um bom prémio no eumilhões!.
Até para o ano Companheiros!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Hino dos "Comandos"

domingo, 7 de dezembro de 2008

Almoço de Natal da 2042ª Cmds

Brindar à amizade, em nome dos velhos tempos!...

Realizou-se no passado dia 6 de Dezembro, o habitual almoço de natal, desta vez em Guimarães.Nem a chuva que se fez sentir durante todo o dia,demoveu a vontade férrea de um reencontro entre amigos de longa data.A organização deste evento, esteve a cargo do Cunha,que recebeu os parabéns da malta,pela escolha do restaurante e o almço de excelente qualidade.Tudo correu bem como seria de esperar,onde o espirito de companheirismo dos velhos tempos esteve sempre presente.Para que conste,estiveram presentes: Cunha - Robim - Freitas - Oliveira - Soba - Lêdo - Marques - Vale - Almeida - Santos - Bugalho - Martins - Loureiro e filho. No final brindou-se à 2042ª Cmds, com o grito de Mama!...Sume!... Para o ano será em Vila Nova de Gaia, e o organizador será o Frederico Almeida. Até ao ano companheiros!...



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A minha homenagem à 4042ª Cmds

Elementos da 4042ª Cmds, num Almoço-Convívio


A minha simpatia e admiração por esta companhia, deve-se às amizades criadas com muitos elementos, nomeadamente o meu primo Hernãni Rubim, e o Porfirio Mota. Dois, "comandos" que vivem intensamente e com paixão, tudo o que diga respeito à família "Comando". Não faltam aos aniversários das delegações, ao 29 de Junho, e são presença assídua na delegação do Porto no Castelo do Queijo, e sempre disponíveis para participar na vida associativa. Também tenho de incluir a Ana Bela, esposa do Mota, que também faz questão de estar sempre presente nestes eventos. Atrevo-me mesmo a dizer pelo que lhe conheço, que à alguns anos atrás, se ela quisesse seria a primeira mulher a ingressar nos "Comandos"com menor ó maior dificuldade. Outro motivo da minha simpatia, é o facto da 4042ªCmds ter rendido a minha Companhia, em meados de Julho de 1974, em Angola, e tanto quanto sei desenvolveu uma actividade intensa e perigosa num período muito conturbado. Não pude estar presente este ano no 5º encontro-convívio realizado em Lamego no dia 6 de Setembro, e assim não tive oportunidade de cumprimentar os restantes amigos desta Companhia, onde sou sempre bem recebido, ficando o desejo e a certeza de que no próximo ano lá estarei a dar um abraço a estes meus irmãos de armas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Breve História


Comandos (Exército Português)


Os Comandos são uma força de elite do Exército Português com treino avançado para a realização de operações ou manobras que envolvam alto risco e baixo índice de sucesso, que poderiam ser apenas realizados por uma infantaria altamente qualificada.
História
A instituição nasceu como força especial de contra-
guerrilha, correspondendo à necessidade do Exército Português de dispor de unidades especialmente adaptadas a este tipo de guerra com que, em 1961, se viu enfrentada, durante a guerra colonial portuguesa. A força destinava-se a:realizar acções especiais em território português ou no estrangeiro;combater como tropas de infantaria de assalto;dotar os altos comandos políticos e militares de uma força capaz de realizar operações irregulares.A instituição torna-se operacional em 25 de Junho de 1962 quando, em Zemba, no Norte de Angola, foram constituídos os primeiros seis grupos do que seriam considerados os antecessores dos comandos. Seria criado o CI 21 (Centro de Instrução de Contraguerrilha), que funcionou perto do Batalhão de Caçadores 280, e que contou como instrutor com o fotógrafo e antigo sargento da Legião Estrangeira, Dante Vachi, italiano, que já trazia experiência das guerras em Argélia e Indochina.Dado que os seis grupos preparados neste centro obtiveram excelentes resultados operacionais, o comando militar em Angola decidiu integrá-los na orgânica do Exército entre 1963 e 1964, criando os CI 16 e CI 25, na Quibala, Angola. Surgia assim, pela primeira vez, a designação de Comandos para as tropas aí instruídas.
Organização
A unidade básica operacional dos Comandos é a Companhia, subdividida em 4 ou 5
Grupos de Combate (Grupos de Comandos). Cada Grupo, comandado por um Oficial Subalterno, inclui 25 militares, agrupados em 5 Equipas:1 Equipa de Comando, constituída pelo oficial comandante do grupo, 1 operador de rádio, 1 socorrista e 2 atiradores;3 Equipas de Manobra, cada uma constituída por 1 Sargento (chefe de equipa), 1 apontador de metralhadora ligeira, 1 municiador de metralhadora ligeira e 2 atiradores;1 Equipa de Apoio, constituída por 1 Sargento (chefe de equipa), 1 apontador de LGF, 1 municiador de LGF e 2 atiradores.Na Guerra Colonial, foram organizadas companhias de vários tipos, adaptadas às condições operacionais, havendo duas organizações básicas:Companhias Ligeiras, constituídas só com os elementos operacionais, não dispondo praticamente de apoio logístico autónomo, sendo suportadas por outras unidades militares;Companhias Pesadas, em que os elementos operacionais eram reforçadas com elementos de apoio logístico (módulos sanitários, de manutenção, de transportes, de intendência, etc.), dando-lhes uma capacidade de operação completamente autónoma.Na Guiné e em Moçambique foram constituídos Batalhões de Comandos que, além de servirem de centros de instrução, eram utilizados como elemento de comando operacional, em determinadas operações, para forças de Comandos de escalão superior à Companhia.
Unidades de Comandos
Seguindo o modelo organizativo do Exército Português, existiam Unidades Territoriais de Comandos (designadas Centro de Instrução, Regimento, Batalhão, etc.) responsáveis por mobilizar, organizar, treinar e manter as Unidades Operacionais, normalmente de escalão Companhia. Os Batalhões de Comandos da Guiné e Moçambique funcionaram tanto como unidades territoriais mobilizadoras, como como unidades operacionais.
Unidades Mobilizadoras

1962-1965: Centro de Instrução Nº 21 (Centro de Instrução Especial de Contra-Guerrilha), em Zemba (Angola);1963-1965: Centros de Instrução Nº 16 e Nº25, em Quibala (Angola);1965-1974: Centro de Instrução de Comandos de Angola, em Luanda (Angola);1966-1975 e 1996-2002: Centro de Instrução de Operações Especiais, em Lamego (Portugal);1964-1965: Centro de Instrução de Comandos da Guiné em Bissau (Guiné);1965-1969: Companhia de Comandos da Guiné em Bissau (Guiné)1969-1974: Batalhão de Comandos da Guiné, em Bissau (Guiné);1969-1975: Batalhão de Comandos de Moçambique, em Montepuez (Moçambique);1974-1975: Batalhão de Comandos Nº11, na Amadora (Portugal);1975-1996: Regimento de Comandos, na Amadora (Portugal);2002-2006: Regimento de Infantaria Nº 1, na Carregueira (Portugal);2006-2008: Centro de Tropas Comandos, em Mafra (Portugal).Desde Fevereiro 2008: Centro de Tropas Comando, na Carregueira (Portugal); (O RI1 foi transferido)
Unidades Operacionais

Servindo em Angola (1963-1975)Companhias de Comandos (CCmds): 1ª, 6ª, 8ª, 14ª, 19ª, 20ª, 22ª, 24ª, 25ª, 30ª, 31ª, 33ª, 36ª, 37ª, 2041ª, 2042ª, 2044ª, 2046ª, 2047ª, 4042ª e 112ª/74.Servindo na Guiné (1964-1974)Grupos de Comandos: "Camaleões", "Fantasmas" e "Panteras";Companhia de Comandos da Guiné (CCmdsGuiné), incluindo os Grupos de Comandos: "Apaches", "Centuriões", "Diabólicos" e "Vampiros";Batalhão de Comandos da Guiné (BCmdsGuiné);Companhias de Comandos (CCmds): 3ª, 5ª, 16ª, 26ª, 27ª, 35ª, 38ª e 4041ª;Companhias de Comandos Africanos (CCmdsAfricanos): 1ª, 2ª e 3ª.Servindo em Moçambique (1964-1975)Batalhão de Comandos de Moçambique (BCmdsMoç);Companhias de Comandos (CCmds): 2ª, 4ª, 7ª, 9ª, 10ª, 17ª, 18ª, 21ª, 23ª, 28ª, 29ª, 34ª, 2040ª, 2043ª, 2045ª e 4040ª;Companhias de Comandos de Moçambique (CCmdsMoç): 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª.Servindo em Portugal (1974-1993):Batalhão de Comandos Nº 11 (BCmds11), incluindo as Companhias de Comandos (CCmds): Nº 111, Nº 112, Nº113 e Nº 114. O BCmds11 foi formado com as 2041ª, 2042ª, 4041ª e 112ª/74 CCmds, regressadas de Angola e da Guiné, que mudaram a sua numeração para 111, 112, 113 e 114 respectivamente. A CCmds 113 foi, posteriormente, extinta;Batalhão de Comandos Nº 12 (BCmds12), incluindo as CCmds: Nº 121, Nº 122 e Nº 123 (pesada). A CCmds 123 foi extinta em 1982, sendo mais tarde criada, em sua substituição, a CCmds 131, também de armas pesadas. Neste batalhão foi também integrada a Companhia de Comandos REDES (Raides e Destruições);Companhia de Comandos 131 (pesada), companhia de armas pesadas criada em 1982, a partir da CCmds 123 então extinta, como subunidade inicial do que seria o futuro Batalhão de Comandos Nº 13, o qual nunca foi activado. A companhia manteve-se independente até ser subdividida em CCmds 114 e CCmds 124 para integrarem os BCmds 11 e BCmds 12 respectivamente;Batalhão de Comando e Serviços do Regimento de Comandos (BCS/RCmds), incluindo as Companhias: de Comando e Serviços, de Instrução de Especialidades, de Manutenção e de Transportes e Reabastecimento;Batalhão de Instrução do Regimento de Comandos (BInstrução/RCmds), incluindo as Companhias de Instrução: 1ª e 2º.Servindo actualmente em Portugal (desde 2002)Companhias de Comandos (CCmds): 1ªCCmds(Morcegos) , 2ªCCmds (Escorpiões)
Símbolos


Boina Vermelha O símbolo identificativo das tropas de Comandos do Exército Português mais conhecido é a famosa Boina Vermelha. Pelo uso deste item de fardamento os comandos são algumas vezes chamados de "boinas vermelhas". Curiosamente, a boina vermelha não esteve em uso durante a grande maioria da actividade operacional dos Comandos na Guerra do Ultramar, dado que só foi adoptada em 1974. Durante a Guerra do Ultramar, os comandos utilizaram a Boina Castanha padrão do Exército Português, com excepção da 3ª Companhia de Comandos que usou uma Boina Camuflada durante o seu período de serviço na Guiné entre 1966 e 1968.LemaO lema dos Comandos é o verso latino da Eneida de Virgílio: Audaces Fortuna Juvat, que significa A Sorte Protege os Audazes.Grito de GuerraO seu Grito de Guerra, retirado de uma tribo bantu do Sul de Angola que o usava na cerimónia de entrada na vida adulta é: Mama Sumé!, que em Português significa: Aqui Estamos, Prontos para o Sacrifício!.CerimonialOs Comandos têm vários rituais iniciáticos e cerimoniais, inspirados nas antigas Ordens de Cavalaria Portuguesas. Além desses rituais, os Comandos têm uma forma de marchar própria, diferente das restantes unidades do Exército Português.

domingo, 12 de outubro de 2008

Homenagem a todos os Comandos

Tinham Vinte Anos
...eram fortes, saudáveis, riam-se do medo...

os melhores do mundo!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Trabalhos Gráficos




ASPECTOS DOS CONVITES, PARA OS ENCONTROS


FRENTE DA CAPA DO LIVRO























domingo, 7 de setembro de 2008

Os Nossos Heróis

"Não voltamos todos...

O combate, os acidentes e a doença tombaram, para sempre, alguns dos nossos irmãos nesta cruzada em que nos empenhamos. Com lágrimas que se não vêem, com o choro que não se ouve, aqui estamos, em sentido silenciosos... como Eles.
Estes claros nas nossas fileiras, são lugares que eram d´Eles...e que nós guardamos.
E guardaremos também os seus nomes, as suas feições, os seus vultos, enquanto vivermos.
Será a homenagem simples e sentida e resguardada dos que voltaram, aos companheiros que caíram.

MORRERAM PELA PÁTRIA E PELOS COMANDOS


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Começo da Companhia


O Começo







Elementos que Constituiram o 4º grupo de Combate


A 2042ª Companhia de Comandos começou a ser constituída nos finais de mil novecentos e setenta e dois, na lógica de formação de companhias de tropas especiais, necessárias segundo critérios político-militares, ao combate contra os designados oficialmente por movimentos de libertação das colónias portuguesas.
O CIOE - Centro de Instrução de Operações Especiais no Continente e o CIC - Centro de Instrução de Comandos em Angola, foram as unidades mobilizadoras responsáveis pelo recrutamento dos militares que viriam, depois da selecção imposta por um curso de comandos, a constituir esta companhia.
A escolha dos elementos que constituíram o sector operacional propriamente dito, bem como a dos que serviram a companhia na área dos serviços, teve lugar nas várias unidades espalhadas pelo país (Continente e Angola). Os recrutados do continente, onde se incluíam seleccionados, convidados e voluntários, apresentaram-se no dia quatro de Janeiro de mil novecentos e setenta e três, no Regimento de Artilharia Fixa de Porto Brandão. No dia seguinte, depois de cumprir algumas formalidades burocráticas, foi concedida licença que terminou a catorze do mesmo mês, dia marcado para apresentação na referida unidade, para de seguida embarcar para Angola via TAM – Transportes Aéreos Militares.
Em Dezembro de mil novecentos e setenta e dois foram seleccionados em Angola, instruendos do CSM da EAMA - Escola de Aplicação Militar de Angola e recrutas dos diversos Regimentos de Infantaria existentes naquele Estado para virem a frequentar o curso de comandos que daria origem à 2042ª C.C. Esta selecção foi feita por militares do CIC.
Deveríamos ser cerca de quinhentos homens, entre oficiais, sargentos e praças, concentrados em Porto Brandão. Deste número, a que se juntariam em Angola oitenta a cem elementos, sargentos e praças, só cerca de cinquenta por cento chegariam ao fim do curso com aproveitamento. Deste número final viriam a ser formadas duas companhias de comandos: a 2042ª C.C. com seis grupos de combate que serviu em Angola e da qual vamos conhecer sucintamente a história e a 2043ª C.C. com quatro grupos de combate que seguiu para Moçambique onde fez o seu percurso também cheio de peripécias, que não cabe aqui relatar. Comandariam a 2042ª C.C. e a 2043ª C.C. respectivamente o então tenente Cunha Lopes e o capitão Ventosa, os quais iriam frequentar o curso de comandos juntamente com todos nós, seus futuros comandados.

A viagem para Angola teve lugar nas noites de quinze, dezassete e vinte e três de Janeiro de mil novecentos e setenta e três, com chegada a Luanda nas manhãs de dos dias seguintes.

Quando desembarcamos, tinhamos á nossa espera graduados do CIC que nos conduziram de imediato para área de tropas em transito no Campo Militar do Grafanil.

Aqui permanecemos até ao dia vinte e cinco de Janeiro, data em que nos conduziram em coluna militar, para as instalações do CIC.




Louvor Colectivo da Companhia

Orgulho de o Ter Servido


Um distinto oficial que honra os Comandos

T.General
Américo Pinto da Cunha Lopes


Comandante da 2042ªCmds - No Luso 1973


No Colégio Militar



Resenha Biográfica:


O Tenente General Américo Pinto da Cunha Lopes, nasceu em Sintra no dia 14 de Agosto de 1947. Promovido ao actual posto em 27 de Março de 2006. Está habilitado com o Curso de Infantaria da Academia Militar (onde foi incorporado em Outubro de 1965), o Curso Geral de Estado-maior e o Curso Superior de Comando e Direcção do Instituto de Altos Estudos Militares. É detentor de outros cursos dos quais se destaca o Curso de Comandos. Como Capitão comandou, nos territórios ultramarinos, a Companhia de Comandos 2042ª. Na Escola Prática de Infantaria participou nos acontecimentos do 25 de Abril de 1974 e de 25 de Novembro de 1975. Com o posto de Major e Tenente-Coronel exerceu, em Macau, as funções de Chefe de Estado-maior, 2º Comandante do Corpo de Polícia de Segurança Pública e 2º Comandante da Escola Prática de Infantaria. No posto de Coronel, comandou o Regimento de Infantaria Nº1 e a Escola Prática de Infantaria. Ainda nesta, desenvolveu funções em diversos postos. Foi Adido de Defesa e Militar junto das embaixadas de Portugal em Washington (USA) e Otawa (Canadá), sendo condecorado pelo EUA com a Medalha de Legião, mediante o desempenho das suas funções. De regresso a Portugal, e após a sua promoção a Major General, desempenhou funções de Comandante da Brigada Territorial Nº2 e 2º Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana. Da sua folha de serviços constam louvores concedidos pelo Ministro da Administração Interna, Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Chefe de Estado-maior do Exército, Oficiais Generais e outras entidades militares. Das diversas condecorações militares sobressaem duas Medalhas de Prata de Serviços Distintos, Medalha de Mérito Militar de 2ª Classe, Medalha de Ouro e de Prata de Comportamento Exemplar, Medalha de Serviços Distintos de Segurança Pública (Grau Ouro) e as Medalhas das Campanhas de Angola. Possuí a mais alta Condecoração do Território de Macau, a Medalha de Valor possuindo também o Grau de Cavaleiro da Ordem Militar de Avis. É casado com Ana Maria Feliz Regato Correia da Cunha Lopes, de cuja união existem dois filhos.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Romagem ao "Comando" Mourão


Após a sua desmobilização em 1975, imigrou para a Suíça, e nunca mais tivemos noticias dele. Ao fim de 32 anos conseguimos a sua localização e ficamos a saber que tinha falecido em 27-04-2006 através da sua esposa em resposta ao convite para o almoço da Companhia a realizar em Maio de 2007. Foi lembrado e homenageado nesse convívio, e se na sua última caminhada não teve a presença dos seus camaradas dos tempos difíceis por desconhecimento, na passagem do 1º aniversário da sua morte um grupo constituído por elementos da 2042ª Cmds deslocou-se à Povoa de Lanhoso em romagem à sua campa onde depôs uma coroa de flores numa singela e sentida homenagem a este nosso irmão de armas.

Paz à sua alma



















1951 Joaquim Sequeira Mourão 2006



Campa onde está sepultado - Freguesia de Lanhoso



Amigos de sempre ... presentes!



Saudades!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A nossa homenagem

Depois de ter travado um combate desigual, contra um inimigo covarde e traiçoeiro, contra o qual resistiu cerca de dois anos, faleceu o nosso camarada Fernando Meira; Comando de corpo e alma e que connosco partilhou muitas aventuras em Angola nos tempos difíceis da guerra. Foi sepultado no cemitério de Brufe, Famalicão. Acompanhou-o um numeroso grupo de familiares, conhecidos da sua terra, e camaradas de armas da 2042Cmds. Depois das orações pela sua alma, ao descer à sua morada, foi impressionante o grito ao chamamento de Fernando Meira, seguido de um outro, o Mama Sume proferido pelo Justino Almeida.
È mais um amigo que parte e deixa-nos saudades
Paz à sua alma
A toda a sua família, os nossos sentidos pêsames e um abraço envolvente de solidariedade.
Para ti Meira, a 2042ªCmds grita em uníssono
Presente
Mama Sume!

















Funeral do Fernando Meira



Amigos de sempre ...presentes!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

Homenagem a Faria da Ponte







Deixou-nos um mês antes do nosso 19º encontro/convívio; ele que ansiosamente esperava por esse dia, não pôde estar presente fisicamente. Sentimo-lo profundamente.Nunca tinha faltado a nenhum convívio ao longo de todos estes anos. Víamos nele o grande lidér e impulsionador destes eventos. Dotado de um grande coração,tinha sempre uma atenção e uma palavra amiga para todos sem excepção. Foi uma grande perda para todos nós; «sentiu-se e era bem visivél esse sentimento no último encontro que decorreu em Fafe» E no minuto de silêncio em homenagem aos nossos mortos, passou-nos pela nossa memória todas as recordações dos bons e mau momentos dos tempos difíceis que com ele partilhamos. Recordaremos sempre o Faria da Ponte, o seu vulto, as suas feições; essa será a nossa homenagem a um camarada e amigo de sempre; e ele lá no alto, no seu eterno descanso, com um sorriso nos dirá: «Obrigado companheiros, estarei sempre presente convosco nos convívios da nossa Companhia!»




Com lágrimas que se não vêm, com o choro que não se ouve, "Mama sume "




Mesmo em operações, sempre bem humorado




O jovem Furriel, sempre generoso e disponivél para todos


No seu último encontro com a Companhia, em Ortigosa-Leiria 2007, sempre amigo e sorridente



FUNERAL DE UM COMANDO






Mais outro funeral!...-Quem foi?

-Foi um COMANDO!

-Um COMANDO?

-Sim um, um soldado como os outros.

-Como os outros?

-Talvez não, talvez um pouco mais...talves um pouco menos.

-Um pouco menos?

-Sim, por não querer ser tanto

-Um pouco mais?

-Talvez por isso mesmo!

-Mas quem são os COMANDOS?

-Quem faz do perigo o seu pão. Do sofrimento o seu irmão. E da morte a sua companheira, e se habituou a tê-la sempre à sua mesa e à sua cabeceira, noite e dia, sem perder a alegria e o prazer de viver e sonhar.

-Que estranha companhia, mas porquê esse gosto, essa busca da morte de quem todos os seres fogem, mesmo os mais valentes?

-Porque são diferentes!

- E a fome? E a sede? E o medo? E a morte?

- A fome esquecem-na, quando tudo neles a repele e denuncia vão procurar no espírito o único alimento que a sacia.

- E a sede?

- Sede só têm uma, e essa ninguém a mede, a de fazer melhor, e de chegar primeiro, a de mesmo no alento derradeiro, quando o corpo já parece não ser nosso, gritar ainda: EU QUERO! EU POSSO!

- E o medo?

- Conhecem-no, por isso não o temem e para o combater e eliminar, são teimosos, tenazes, quando o instinto os contraria, repetem a cada minuto do dia: "A SORTE PROTEGE OS AUDAZES"

- E a morte?

- Ao pensar nela, a sua companheira habitual, transfiguram o receio e o pavor, tornando quase igual a própria morte e o amor.

- Mas eles não amam, eles não sofrem? Não são humanos afinal!

- São humanos demais, embora parecendo de menos e é esse apenas o seu drama, no seu bornal, no seu cantil, na sua cama, vivem o amor e a morte, e uma eterna inquietação.

- Há quem diga que o amor e a morte são quase a mesma coisa...

- Para eles são, e vivem num mundo diferente...feito de assombro, de sonho e de quebranto...

- Meio demónio e meio santo?

- Sim, é isso sim talvez o que eles são, mas sentem-se felizes com a sua sorte, pois não distinguem o amor da morte e só se sentem bem a viver nos extremos, o meio termo não existe para eles, nem o amar, nem o querer, nem o lutar, nem o sofrer, isso não sabem o que é, está fora do seu mundo, a sua taça bebem-na até ao fundo!
- E acreditam em Deus?
- Sim, ou melhor, creio que Deus habite neles em origem, não em fidelidade, pois são daqueles poucos a quem Deus estende a mão sem que eles lha peçam, porque só lhe pedem o que os outros não querem.

- Mas assim querem ser melhores que os outros, ser os melhores de todos.

- Não. Porque não comparam. Só querem ser melhores que eles próprios, por conforto ou benesses nenhum deles lutou, fiéis a essa ideia: Só provará o pão de Deus quem comeu o que o diabo amassou!
- É belo mas estranho tudo o que me disseste, porém que dizer deste pobre rapaz? Já que deu a vida, que a sua alma descanse em paz.
- A paz para ele nunca quis, não é pois na paz que ele há-de ser feliz.
- Mas que queria ele então...???
- Não sei, mas antes ou depois que a vida de um COMANDO acabe, nem ele próprio, mas só Deus
o sabe.
- Mas é estranho não querer nem desejar para si mesmo a paz.

- Medita nisto: O primeiro COMANDO foi Cristo, porque pregando a paz nunca viveu em paz e até morreu por isso.
- Compreendo então. Querem ser como Cristo?
- Não, também não, isso seria muito, querem apenas ser isto: Ser COMANDOS e viver como tal.
- Compreendo por fim, por isso creio que quando o corpo deste moço descer à terra fria e a última lágrima de alguém que muito queria, ainda não tombou, a sua alma, com a qual nunca se enfeitou, não sei se foi ao céu, a caminho de Deus, mas sei que subiu e se salvou!



terça-feira, 29 de julho de 2008

Almoço da 2042ª Comandos

Verso da convocatória do o almoço/convívio 2008

Frente da convocatória do almoço/convívio 2008



Que sentimento é este que nos junta uma vez por ano e que nos mantém unidos como se ainda vivêssemos na Companhia?




19º Almoço/Convívio da 2042ª Cmds, em Fafe, 31/05/2008