sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A 3º Operação da 2042ª Cmds

Nos morros do norte de Angola...
Damâso-Dias-Afonso-Satumbo-Sousa-Silva-Oliveira-Vale-Cabo18-Branco-?
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Vista aérea do aquartelamento de Zala...
Pista de Zala... bem conhecida da 2042Cmds

Nova saída a vinte e um de Agosto, para as mesmas zonas de guerrilha do norte de Angola, onde em acções combinadas com a 33ª e 37ª C.C. realizar a operação Lufada I/H. Com um grupo de férias, a companhia deslocou-se como das outras saídas, em viaturas auto para a povoação e aquartelamento do Zala, para daí serem largados no dia vinte e dois de Agosto nas zonas de guerrilha pertencentes ao mesmo perímetro de actuação das operações realizadas anteriormente. Das várias acções realizadas, entre o dia vinte e dois de Agosto e o dia dez de Setembro, não se registaram baixas e foi apreendida uma granada de morteiro 81. Terminada a operação Lufada I/H, a viagem de regresso a Luanda em meios auto iniciou-se na manhã de dez de Setembro tendo a companhia chegado ao Grafanil já de noite. Com a operação Lufada I/H terminou o tempo de intervenções da 2042ª C.C. na ZMN. Cada uma das operações realizadas no norte de Angola teve a duração de vinte dias, doze dos quais foram passados em zonas de combate, em acções de anti-guerrilha cujo objectivo principal era a eliminação física do inimigo e o enfraquecimento ou eliminação das suas estruturas de apoio. A responsabilidade e coordenação das várias acções realizadas nestas três operações pertenceram ao centro ou sala de operações, instalada numa viatura berliet, equipada para funcionar como tal. Nesta sala de operações, onde trabalhavam elementos das companhias envolvidas, todos os pormenores dos objectivos a atingir estavam registados, em mapas geográficos e de acordo com dados conhecidos. A actualização dos registos era imediata face às informações recebidas dos grupos, via rádio, desde a indicação das suas posições, dos contactos registados, dos objectivos cumpridos, das movimentações do inimigo, dos resultados obtidos, etc. Os oficiais de operações decidiam, face às informações recebidas dos vários organismos militares e da situação no terreno transmitida pelos grupos em acções, pela manutenção ou alteração dos objectivos traçados. A companhia deslocou-se depois de alguns dias de descanso operacional para a Zona Militar Leste (ZML). Na zona Leste de Angola, zona de actividade do MPLA e da UNITA, apenas o MPLA constituía a força inimiga a considerar e a combater já que a UNITA se encontrava nesta altura, numa situação estratégica de actividade nula contra as tropas portuguesas. actividade nula contra as tropas portuguesas. A FNLA mantinha, a norte desta zona, um discreto corredor de abastecimento.

Com destino à cidade do Luso, capital da provincia do Moxico, os operacionais da companhia, carregando todo o seu equipamento individual de combate sairam de Luanda, via aérea (aviões Nord-Atlas) no dia vinte de Setembro de mil novecentos e setenta e três. Depois de uma viagem de cerca de de duas horas, desembarcaram no Luso os os esperavam as viaturas as viaturas que tinham seguido dias antes e que os conduziram para o quartel dos comandos naquela cidade.
Nesta unidade operacional situada a nordeste da cidade, próximo do aeroporto, encontrava-se a 2041ª Cmds que seria rendida na ZML pela 2042º Cmds depois de realizada uma operação conjunta.

domingo, 16 de agosto de 2009

18º Acampamento de Chaves


Regresso ao passado...

Tem a Associação de Comandos de Chaves levado a efeito todos os anos, um acampamento de três dias no mês de Agosto destinado a comandos, familiares e amigos, cujo sucesso dessa iniciativa e já vai no 18º deve ser aqui publicamente realçado. Quem participa fica com a sensação de ter 20 anos de idade, tal o ambiente encontrado e recreado que faz lembrar a nossa passagem por terras de África ainda presente na nossa memória. A formatura da manhã, para o içar da bandeira, seguido da leitura do código comando, e ao fim da tarde para o arrear da bandeira, e tudo com o mesmo rigor e simbolismo como se estivéssemos ainda no activo. As tendas, as arvores com as suas sombras a lembrar o mato, os camuflados, as boinas e as camisolas brancas e pretas com os nossos símbolos envergados com muito orgulho por gente que foi soldado e ama Portugal. É um regresso ao passado onde somos envolvidos numa atmosfera de solidariedade e amizade. É o libertar de emoções contidas nos nossos corações de meninos, ávidos de sensações que nos façam sentir bem. A partilha da comida, gente que nos surpreende com mimos e petiscos e boa bebida que nos põe alegre, mas sempre com discernimento e no respeito, por isso é que somos conhecidos pelos “Diferentes”. Claro que um evento desta dimensão dá muito trabalho a quem o organiza, mas podem estar tranquilos que o objectivo foi mais uma vez conseguido. Endereço daqui os meus parabéns ao presidente e camarada Valdemar da delegação de Chaves, ao Silva, e Afonso e restantes envolvidos. Uma menção especial para o Sérgio e esposa, pelos mimos e simpatia manifestada para com todos. Para a delegação de Chaves o meu obrigado por nos proporcionarem um regresso ao passado.