Entrada fulgurante no acampamento In.
Destruição e retirada numa missão bem sucedida...
Com a chegada do novo comandante de companhia iniciou-se de imediato a preparação de uma operação de ataque ao acampamento da Cassanhinga, acampamento que gozava há algum tempo de alguma imunidade, e de onde teriam partido os guerrilheiros que emboscaram as nossas tropas no dia quinze de Novembro. A operação de ataque ao acampamento da Cassanhinga denominada operação Manobra E/H foi preparada no centro de operações da ZML e na sala de operações da companhia. Nesta foi definido e aferido o percurso, o número de efectivos a envolver, o armamento a usar e a táctica a seguir. A preparação desta operação foi mais pormenorizada pois conheciam-se os riscos que a envolviam.
A companhia, reduzida a quatro grupos, saíu do Luso na manhã do dia dez, em meios auto até à povoação do Lucusse. No aquartelamento desta povoação ficou o grupo de alerta.
Sempre em meios auto, os outros três grupos, largaram a estrada de asfalto e rumaram para leste, em direcção ao saliente do Cazombo.
Largados no ponto planeado os grupos progrediram até muito próximo da fronteira com a Zâmbia, viraram para sul e iniciaram o avanço para o acampamento da Cassanhinga. No terceiro dia cerca das dez horas e já nas imediações do acampamento, ouviu-se o sinal de presença de tropas na zona dado pelo inimigo (rebentamento de uma granada, seguida de uma rajada de metralhadora). A nossa presença estava detectada e a surpresa quebrada. Pouco tempo depois de se ter ouvido o alerta, e vinda do acampamento, surgiu na nossa direcção uma patrulha de reconhecimento, constituída por quatro homens que fomos obrigados a abater. A aproximação foi a partir daqui mais cuidadosa, mas sem hesitações. Rapidamente, numa clareira de uma das curvas do rio Lungué-Bungo surgiu o acampamento da Cassanhinga. Grande, pouco escondido pelo arvoredo, com as suas trincheiras e ninhos de metralhadoras, mas silencioso.
Uma pausa para analisar a situação, e estabelecer uma maior frente de ataque. Não se descortinando no nosso raio de visão, dentro e fora do acampamento, qualquer movimento por parte do inimigo, o comandante da companhia ordenou o ataque ao acampamento que foi assaltado, destruído e abandonado rapidamente, para evitar que uma qualquer acção do inimigo nos surpreendesse no campo aberto do acampamento.
Os grupos saíram do acampamento para noroeste parando em posição de emboscada a pouco mais de um quilómetro, bem dentro da mata que o circundava e nas imediações de uma plantação de mandioca. Toda a zona em em redor do acampamento foi bombardeada com tiros de morteiro 81 e/ou 82mm, bombardeamento que o inimigo iniciou pouco tempo depois da sua destruição. Os grupos envolvidos, sempre juntos, pernoitaram na área do acampamento até ao dia seguinte, dia da recuperação. Na nossa posição foram largados os flechas do Lutembo. Os grupos foram transportados de helicóptero para o Lucusse e daqui seguiram de viatura para o Luso, onde chegaram ao entardecer do dia treze de Dezembro de mil novecentos e setenta e três, sem baixas e com resultados agradáveis: uma espingarda automática Kalashenikov, uma espingarda Mauser, um dispositivo com alça para lançamento, granadas, carregadores e munições, um acampamento importante destruído e quatro elementos abatidos.
A recuperação moral da companhia tinha começado.
Com a aproximação da época natalícia de mil novecentos e setenta e três, a companhia entrou em estado de alerta verificando-se apenas a saída e de um grupo, em escolta de uma alta patente do exército, entre o Luso e Dala na estrada para Henrique de Carvalho.
Com a chegada do novo comandante de companhia iniciou-se de imediato a preparação de uma operação de ataque ao acampamento da Cassanhinga, acampamento que gozava há algum tempo de alguma imunidade, e de onde teriam partido os guerrilheiros que emboscaram as nossas tropas no dia quinze de Novembro. A operação de ataque ao acampamento da Cassanhinga denominada operação Manobra E/H foi preparada no centro de operações da ZML e na sala de operações da companhia. Nesta foi definido e aferido o percurso, o número de efectivos a envolver, o armamento a usar e a táctica a seguir. A preparação desta operação foi mais pormenorizada pois conheciam-se os riscos que a envolviam.
A companhia, reduzida a quatro grupos, saíu do Luso na manhã do dia dez, em meios auto até à povoação do Lucusse. No aquartelamento desta povoação ficou o grupo de alerta.
Sempre em meios auto, os outros três grupos, largaram a estrada de asfalto e rumaram para leste, em direcção ao saliente do Cazombo.
Largados no ponto planeado os grupos progrediram até muito próximo da fronteira com a Zâmbia, viraram para sul e iniciaram o avanço para o acampamento da Cassanhinga. No terceiro dia cerca das dez horas e já nas imediações do acampamento, ouviu-se o sinal de presença de tropas na zona dado pelo inimigo (rebentamento de uma granada, seguida de uma rajada de metralhadora). A nossa presença estava detectada e a surpresa quebrada. Pouco tempo depois de se ter ouvido o alerta, e vinda do acampamento, surgiu na nossa direcção uma patrulha de reconhecimento, constituída por quatro homens que fomos obrigados a abater. A aproximação foi a partir daqui mais cuidadosa, mas sem hesitações. Rapidamente, numa clareira de uma das curvas do rio Lungué-Bungo surgiu o acampamento da Cassanhinga. Grande, pouco escondido pelo arvoredo, com as suas trincheiras e ninhos de metralhadoras, mas silencioso.
Uma pausa para analisar a situação, e estabelecer uma maior frente de ataque. Não se descortinando no nosso raio de visão, dentro e fora do acampamento, qualquer movimento por parte do inimigo, o comandante da companhia ordenou o ataque ao acampamento que foi assaltado, destruído e abandonado rapidamente, para evitar que uma qualquer acção do inimigo nos surpreendesse no campo aberto do acampamento.
Os grupos saíram do acampamento para noroeste parando em posição de emboscada a pouco mais de um quilómetro, bem dentro da mata que o circundava e nas imediações de uma plantação de mandioca. Toda a zona em em redor do acampamento foi bombardeada com tiros de morteiro 81 e/ou 82mm, bombardeamento que o inimigo iniciou pouco tempo depois da sua destruição. Os grupos envolvidos, sempre juntos, pernoitaram na área do acampamento até ao dia seguinte, dia da recuperação. Na nossa posição foram largados os flechas do Lutembo. Os grupos foram transportados de helicóptero para o Lucusse e daqui seguiram de viatura para o Luso, onde chegaram ao entardecer do dia treze de Dezembro de mil novecentos e setenta e três, sem baixas e com resultados agradáveis: uma espingarda automática Kalashenikov, uma espingarda Mauser, um dispositivo com alça para lançamento, granadas, carregadores e munições, um acampamento importante destruído e quatro elementos abatidos.
A recuperação moral da companhia tinha começado.
Com a aproximação da época natalícia de mil novecentos e setenta e três, a companhia entrou em estado de alerta verificando-se apenas a saída e de um grupo, em escolta de uma alta patente do exército, entre o Luso e Dala na estrada para Henrique de Carvalho.
2 comentários:
Caro camarada!
Desejo uma boa Pascoa. Um abraço
...Um pouco afastado daqui,mas a tempo de agradecer tua gentileza.
Um abraço e muita saúde.
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