quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A minha homenagem à 4042ª Cmds

Elementos da 4042ª Cmds, num Almoço-Convívio


A minha simpatia e admiração por esta companhia, deve-se às amizades criadas com muitos elementos, nomeadamente o meu primo Hernãni Rubim, e o Porfirio Mota. Dois, "comandos" que vivem intensamente e com paixão, tudo o que diga respeito à família "Comando". Não faltam aos aniversários das delegações, ao 29 de Junho, e são presença assídua na delegação do Porto no Castelo do Queijo, e sempre disponíveis para participar na vida associativa. Também tenho de incluir a Ana Bela, esposa do Mota, que também faz questão de estar sempre presente nestes eventos. Atrevo-me mesmo a dizer pelo que lhe conheço, que à alguns anos atrás, se ela quisesse seria a primeira mulher a ingressar nos "Comandos"com menor ó maior dificuldade. Outro motivo da minha simpatia, é o facto da 4042ªCmds ter rendido a minha Companhia, em meados de Julho de 1974, em Angola, e tanto quanto sei desenvolveu uma actividade intensa e perigosa num período muito conturbado. Não pude estar presente este ano no 5º encontro-convívio realizado em Lamego no dia 6 de Setembro, e assim não tive oportunidade de cumprimentar os restantes amigos desta Companhia, onde sou sempre bem recebido, ficando o desejo e a certeza de que no próximo ano lá estarei a dar um abraço a estes meus irmãos de armas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Breve História


Comandos (Exército Português)


Os Comandos são uma força de elite do Exército Português com treino avançado para a realização de operações ou manobras que envolvam alto risco e baixo índice de sucesso, que poderiam ser apenas realizados por uma infantaria altamente qualificada.
História
A instituição nasceu como força especial de contra-
guerrilha, correspondendo à necessidade do Exército Português de dispor de unidades especialmente adaptadas a este tipo de guerra com que, em 1961, se viu enfrentada, durante a guerra colonial portuguesa. A força destinava-se a:realizar acções especiais em território português ou no estrangeiro;combater como tropas de infantaria de assalto;dotar os altos comandos políticos e militares de uma força capaz de realizar operações irregulares.A instituição torna-se operacional em 25 de Junho de 1962 quando, em Zemba, no Norte de Angola, foram constituídos os primeiros seis grupos do que seriam considerados os antecessores dos comandos. Seria criado o CI 21 (Centro de Instrução de Contraguerrilha), que funcionou perto do Batalhão de Caçadores 280, e que contou como instrutor com o fotógrafo e antigo sargento da Legião Estrangeira, Dante Vachi, italiano, que já trazia experiência das guerras em Argélia e Indochina.Dado que os seis grupos preparados neste centro obtiveram excelentes resultados operacionais, o comando militar em Angola decidiu integrá-los na orgânica do Exército entre 1963 e 1964, criando os CI 16 e CI 25, na Quibala, Angola. Surgia assim, pela primeira vez, a designação de Comandos para as tropas aí instruídas.
Organização
A unidade básica operacional dos Comandos é a Companhia, subdividida em 4 ou 5
Grupos de Combate (Grupos de Comandos). Cada Grupo, comandado por um Oficial Subalterno, inclui 25 militares, agrupados em 5 Equipas:1 Equipa de Comando, constituída pelo oficial comandante do grupo, 1 operador de rádio, 1 socorrista e 2 atiradores;3 Equipas de Manobra, cada uma constituída por 1 Sargento (chefe de equipa), 1 apontador de metralhadora ligeira, 1 municiador de metralhadora ligeira e 2 atiradores;1 Equipa de Apoio, constituída por 1 Sargento (chefe de equipa), 1 apontador de LGF, 1 municiador de LGF e 2 atiradores.Na Guerra Colonial, foram organizadas companhias de vários tipos, adaptadas às condições operacionais, havendo duas organizações básicas:Companhias Ligeiras, constituídas só com os elementos operacionais, não dispondo praticamente de apoio logístico autónomo, sendo suportadas por outras unidades militares;Companhias Pesadas, em que os elementos operacionais eram reforçadas com elementos de apoio logístico (módulos sanitários, de manutenção, de transportes, de intendência, etc.), dando-lhes uma capacidade de operação completamente autónoma.Na Guiné e em Moçambique foram constituídos Batalhões de Comandos que, além de servirem de centros de instrução, eram utilizados como elemento de comando operacional, em determinadas operações, para forças de Comandos de escalão superior à Companhia.
Unidades de Comandos
Seguindo o modelo organizativo do Exército Português, existiam Unidades Territoriais de Comandos (designadas Centro de Instrução, Regimento, Batalhão, etc.) responsáveis por mobilizar, organizar, treinar e manter as Unidades Operacionais, normalmente de escalão Companhia. Os Batalhões de Comandos da Guiné e Moçambique funcionaram tanto como unidades territoriais mobilizadoras, como como unidades operacionais.
Unidades Mobilizadoras

1962-1965: Centro de Instrução Nº 21 (Centro de Instrução Especial de Contra-Guerrilha), em Zemba (Angola);1963-1965: Centros de Instrução Nº 16 e Nº25, em Quibala (Angola);1965-1974: Centro de Instrução de Comandos de Angola, em Luanda (Angola);1966-1975 e 1996-2002: Centro de Instrução de Operações Especiais, em Lamego (Portugal);1964-1965: Centro de Instrução de Comandos da Guiné em Bissau (Guiné);1965-1969: Companhia de Comandos da Guiné em Bissau (Guiné)1969-1974: Batalhão de Comandos da Guiné, em Bissau (Guiné);1969-1975: Batalhão de Comandos de Moçambique, em Montepuez (Moçambique);1974-1975: Batalhão de Comandos Nº11, na Amadora (Portugal);1975-1996: Regimento de Comandos, na Amadora (Portugal);2002-2006: Regimento de Infantaria Nº 1, na Carregueira (Portugal);2006-2008: Centro de Tropas Comandos, em Mafra (Portugal).Desde Fevereiro 2008: Centro de Tropas Comando, na Carregueira (Portugal); (O RI1 foi transferido)
Unidades Operacionais

Servindo em Angola (1963-1975)Companhias de Comandos (CCmds): 1ª, 6ª, 8ª, 14ª, 19ª, 20ª, 22ª, 24ª, 25ª, 30ª, 31ª, 33ª, 36ª, 37ª, 2041ª, 2042ª, 2044ª, 2046ª, 2047ª, 4042ª e 112ª/74.Servindo na Guiné (1964-1974)Grupos de Comandos: "Camaleões", "Fantasmas" e "Panteras";Companhia de Comandos da Guiné (CCmdsGuiné), incluindo os Grupos de Comandos: "Apaches", "Centuriões", "Diabólicos" e "Vampiros";Batalhão de Comandos da Guiné (BCmdsGuiné);Companhias de Comandos (CCmds): 3ª, 5ª, 16ª, 26ª, 27ª, 35ª, 38ª e 4041ª;Companhias de Comandos Africanos (CCmdsAfricanos): 1ª, 2ª e 3ª.Servindo em Moçambique (1964-1975)Batalhão de Comandos de Moçambique (BCmdsMoç);Companhias de Comandos (CCmds): 2ª, 4ª, 7ª, 9ª, 10ª, 17ª, 18ª, 21ª, 23ª, 28ª, 29ª, 34ª, 2040ª, 2043ª, 2045ª e 4040ª;Companhias de Comandos de Moçambique (CCmdsMoç): 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª.Servindo em Portugal (1974-1993):Batalhão de Comandos Nº 11 (BCmds11), incluindo as Companhias de Comandos (CCmds): Nº 111, Nº 112, Nº113 e Nº 114. O BCmds11 foi formado com as 2041ª, 2042ª, 4041ª e 112ª/74 CCmds, regressadas de Angola e da Guiné, que mudaram a sua numeração para 111, 112, 113 e 114 respectivamente. A CCmds 113 foi, posteriormente, extinta;Batalhão de Comandos Nº 12 (BCmds12), incluindo as CCmds: Nº 121, Nº 122 e Nº 123 (pesada). A CCmds 123 foi extinta em 1982, sendo mais tarde criada, em sua substituição, a CCmds 131, também de armas pesadas. Neste batalhão foi também integrada a Companhia de Comandos REDES (Raides e Destruições);Companhia de Comandos 131 (pesada), companhia de armas pesadas criada em 1982, a partir da CCmds 123 então extinta, como subunidade inicial do que seria o futuro Batalhão de Comandos Nº 13, o qual nunca foi activado. A companhia manteve-se independente até ser subdividida em CCmds 114 e CCmds 124 para integrarem os BCmds 11 e BCmds 12 respectivamente;Batalhão de Comando e Serviços do Regimento de Comandos (BCS/RCmds), incluindo as Companhias: de Comando e Serviços, de Instrução de Especialidades, de Manutenção e de Transportes e Reabastecimento;Batalhão de Instrução do Regimento de Comandos (BInstrução/RCmds), incluindo as Companhias de Instrução: 1ª e 2º.Servindo actualmente em Portugal (desde 2002)Companhias de Comandos (CCmds): 1ªCCmds(Morcegos) , 2ªCCmds (Escorpiões)
Símbolos


Boina Vermelha O símbolo identificativo das tropas de Comandos do Exército Português mais conhecido é a famosa Boina Vermelha. Pelo uso deste item de fardamento os comandos são algumas vezes chamados de "boinas vermelhas". Curiosamente, a boina vermelha não esteve em uso durante a grande maioria da actividade operacional dos Comandos na Guerra do Ultramar, dado que só foi adoptada em 1974. Durante a Guerra do Ultramar, os comandos utilizaram a Boina Castanha padrão do Exército Português, com excepção da 3ª Companhia de Comandos que usou uma Boina Camuflada durante o seu período de serviço na Guiné entre 1966 e 1968.LemaO lema dos Comandos é o verso latino da Eneida de Virgílio: Audaces Fortuna Juvat, que significa A Sorte Protege os Audazes.Grito de GuerraO seu Grito de Guerra, retirado de uma tribo bantu do Sul de Angola que o usava na cerimónia de entrada na vida adulta é: Mama Sumé!, que em Português significa: Aqui Estamos, Prontos para o Sacrifício!.CerimonialOs Comandos têm vários rituais iniciáticos e cerimoniais, inspirados nas antigas Ordens de Cavalaria Portuguesas. Além desses rituais, os Comandos têm uma forma de marchar própria, diferente das restantes unidades do Exército Português.

domingo, 12 de outubro de 2008

Homenagem a todos os Comandos

Tinham Vinte Anos
...eram fortes, saudáveis, riam-se do medo...

os melhores do mundo!