sexta-feira, 18 de setembro de 2009

4º Operação da 2042ª Cmds

Quartel de Gago Coutinho, onde estivemos em Novembro de 1973
Rio Luena na cidade do Luso, onde tomavamos! bons momentos...
Em Ninda, terras do fim do mundo! grandes mergulhos!


No dia vinte e nove de Setembro a companhia saiu do Luso em coluna militar com destino a Ninda, povoação situada a cerca de quinhentos quilómetros do Luso e a sul de Gago Coutinho para em conjunto com a 2041ª C.C. realizar a operação Coimbra 300 E/H. A 2041ª C.C. assim como a esquadrilha de helicópteros da Força Aérea Portuguesa, estavam já nas zonas de intervenção desta operação. Uma breve paragem em Gago Coutinho, para reabastecimento e de novo em marcha em direcção a Ninda, aquartelamento de infantaria a partir do qual os militares da 2041ª e da 2042ª, foram lançadas por meios héli nas zonas de guerrilha. A partir de Nhengo, povoação a poucos quilómetros a sul de Gago Coutinho no caminho para Ninda, um grupo foi lançado de helicóptero, para uma acção de apoio a forças da 2041ª C.C. cuja missão era atacar um acampamento militar, onde estaria um grupo de guerrilheiros equipados com armas ligeiras e um canhão sem recuo de 75mm. A companhia continuou a viagem, agora por picada até Ninda, onde chegou ao princípio da noite. Ao longo da pequena pista de aviação onde se encontravam se encontravam estacionados os meios aéreos de transporte e apoio, dois aviões de combate T6 e sete Allouetts III da FAP, foram montadas as tendas de campanha para abrigar os militares operacionais e da formação.

Os grupos da 2041ª e da 2042ª C.C. iniciaram as acções da operação Coimbra 300 E/H, a partir de Ninda, no dia trinta de Setembro de mil novecentos e setenta e três, desenvolvendo acções junto à fronteira com a Zâmbia e a sul de Ninda.

Permaneceram no acampamento, em apoio aos grupos em actividade operacional, o grupo de alerta e as duas equipas de defesa imediata.

Nem os grupos da 2041ª nem os da 2042ª C.C. envolvidos nesta operação, tiveram contactos de relevo com o inimigo. No entanto e num golpe de mão bem sucedido, um dos grupos da companhia lançado sobre local de actividade inimiga, detectado pela esquadrilha de helicópteros da Força Aérea Sul Africana, no regresso de uma viagem de largada, capturou sem resistência uma série de armamento entre os quais o já referido canhão sem recuo de 75mm.

O regresso ao Luso em meios auto deu-se no dia dezoito de Outubro, com um ferido ligeiro e com material capturado: uma espingarda automática PPSH, quatro morteiros 82, um canhão sem recuo de 75mm, uma granada de mão, carregadores e munições.

Já no Luso, a companhia recolheu ao quartel, onde se instalou e se preparou para novas intervenções.

Esta primeira operação realizada no leste de Angola concedeu-nos outro tipo de experiência. As acções de contra-guerrilha teriam aqui que ser feitas de forma um pouco diferente das que tínhamos realizado na ZMN.

O terreno quase sempre plano, com poucos desníveis mesmo na proximidade de linhas de água, proporcionava andamentos mais fáceis e rápidos mesmo fora dos grandes espaços abertos conhecidos como “chanas”. Para quem tinha estado no norte, a caminhar com dificuldade nas densas matas que ora se desenvolviam em vales profundos ora em montanhas íngremes, matas tropicais cheias de arbustos fechados, de lianas que se prendiam ao equipamento, de humidade e calor, este tipo de terreno apresentava-se bem mais agradável.

As formações de combate, em linha, em cunha, em L ou em U, que este tipo de terreno permitia, proporcionavam na marcha para os objectivos ou no assalto a estes, maior poder de fogo contra o inimigo. Todavia e ao contrário do norte, esta zona leste de Angola, fria durante a noite e madrugada e muito quente durante o dia, obrigava a um controlo apertado sobre o consumo de água.

Na noite do dia dezanove de Outubro de mil novecentos e setenta e três, iria iniciar-se uma operação bem diferente de outras já realizadas e que por isso foi sempre omitida nos registos históricos da companhia. Escrever sobre ela será a seu tempo, mas agora aqui fica a referência a essa acção realizada por operacionais da 2042ª C.C. Nesta altura e como atrás se referiu a UNITA vivia acantonada, numa estratégia de não agressão contra o Exército Português.

Numa acção de socorro a um grupo de flechas que teriam sofrido uma emboscada, um grupo da companhia foi lançado de helicóptero na região do Léua no dia dezanove de Outubro. Regressou no dia seguinte com um ferido acidentado.

domingo, 13 de setembro de 2009

Na casa do Joaquim Marques

É por demais conhecida a solidariedade e partilha existente entre os "Comandos". E a comprova-lo mais uma vez, foi o convite do nosso amigo e camarada Marques, elemento da nossa companhia nos ter convidado para nos deslocarmos até Cabeceiras de Bastos para comermos um arroz de cabidela, genialmente cozinhado por sua esposa D. Arminda; que mais uma vez nos recebeu com a sua habitual e generosa simpatia. Assim como a restante família; e daqui uma palavra de apreço para a sua nora Ana, que nos surpreendeu com os seus mimos e simplicidade extraordinaria. Foi uma tarde e noite de Domingo bem passado, e que nunca esqueceremos. Obrigado Marques pela tua amizade!!! O seu filho Cesár,e o pequeno neto Diogo! Falta D.Arminda e nora Ana...
Mas que delicia de arroz de cabidela!! Parabéns D. Arminda...
Um brinde a uma amizade eterna, nascida antes do 25 de Abril de 19974...
Para fechar o dia, um café e um bagaço no bar...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A 3º Operação da 2042ª Cmds

Nos morros do norte de Angola...
Damâso-Dias-Afonso-Satumbo-Sousa-Silva-Oliveira-Vale-Cabo18-Branco-?
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Vista aérea do aquartelamento de Zala...
Pista de Zala... bem conhecida da 2042Cmds

Nova saída a vinte e um de Agosto, para as mesmas zonas de guerrilha do norte de Angola, onde em acções combinadas com a 33ª e 37ª C.C. realizar a operação Lufada I/H. Com um grupo de férias, a companhia deslocou-se como das outras saídas, em viaturas auto para a povoação e aquartelamento do Zala, para daí serem largados no dia vinte e dois de Agosto nas zonas de guerrilha pertencentes ao mesmo perímetro de actuação das operações realizadas anteriormente. Das várias acções realizadas, entre o dia vinte e dois de Agosto e o dia dez de Setembro, não se registaram baixas e foi apreendida uma granada de morteiro 81. Terminada a operação Lufada I/H, a viagem de regresso a Luanda em meios auto iniciou-se na manhã de dez de Setembro tendo a companhia chegado ao Grafanil já de noite. Com a operação Lufada I/H terminou o tempo de intervenções da 2042ª C.C. na ZMN. Cada uma das operações realizadas no norte de Angola teve a duração de vinte dias, doze dos quais foram passados em zonas de combate, em acções de anti-guerrilha cujo objectivo principal era a eliminação física do inimigo e o enfraquecimento ou eliminação das suas estruturas de apoio. A responsabilidade e coordenação das várias acções realizadas nestas três operações pertenceram ao centro ou sala de operações, instalada numa viatura berliet, equipada para funcionar como tal. Nesta sala de operações, onde trabalhavam elementos das companhias envolvidas, todos os pormenores dos objectivos a atingir estavam registados, em mapas geográficos e de acordo com dados conhecidos. A actualização dos registos era imediata face às informações recebidas dos grupos, via rádio, desde a indicação das suas posições, dos contactos registados, dos objectivos cumpridos, das movimentações do inimigo, dos resultados obtidos, etc. Os oficiais de operações decidiam, face às informações recebidas dos vários organismos militares e da situação no terreno transmitida pelos grupos em acções, pela manutenção ou alteração dos objectivos traçados. A companhia deslocou-se depois de alguns dias de descanso operacional para a Zona Militar Leste (ZML). Na zona Leste de Angola, zona de actividade do MPLA e da UNITA, apenas o MPLA constituía a força inimiga a considerar e a combater já que a UNITA se encontrava nesta altura, numa situação estratégica de actividade nula contra as tropas portuguesas. actividade nula contra as tropas portuguesas. A FNLA mantinha, a norte desta zona, um discreto corredor de abastecimento.

Com destino à cidade do Luso, capital da provincia do Moxico, os operacionais da companhia, carregando todo o seu equipamento individual de combate sairam de Luanda, via aérea (aviões Nord-Atlas) no dia vinte de Setembro de mil novecentos e setenta e três. Depois de uma viagem de cerca de de duas horas, desembarcaram no Luso os os esperavam as viaturas as viaturas que tinham seguido dias antes e que os conduziram para o quartel dos comandos naquela cidade.
Nesta unidade operacional situada a nordeste da cidade, próximo do aeroporto, encontrava-se a 2041ª Cmds que seria rendida na ZML pela 2042º Cmds depois de realizada uma operação conjunta.

domingo, 16 de agosto de 2009

18º Acampamento de Chaves


Regresso ao passado...

Tem a Associação de Comandos de Chaves levado a efeito todos os anos, um acampamento de três dias no mês de Agosto destinado a comandos, familiares e amigos, cujo sucesso dessa iniciativa e já vai no 18º deve ser aqui publicamente realçado. Quem participa fica com a sensação de ter 20 anos de idade, tal o ambiente encontrado e recreado que faz lembrar a nossa passagem por terras de África ainda presente na nossa memória. A formatura da manhã, para o içar da bandeira, seguido da leitura do código comando, e ao fim da tarde para o arrear da bandeira, e tudo com o mesmo rigor e simbolismo como se estivéssemos ainda no activo. As tendas, as arvores com as suas sombras a lembrar o mato, os camuflados, as boinas e as camisolas brancas e pretas com os nossos símbolos envergados com muito orgulho por gente que foi soldado e ama Portugal. É um regresso ao passado onde somos envolvidos numa atmosfera de solidariedade e amizade. É o libertar de emoções contidas nos nossos corações de meninos, ávidos de sensações que nos façam sentir bem. A partilha da comida, gente que nos surpreende com mimos e petiscos e boa bebida que nos põe alegre, mas sempre com discernimento e no respeito, por isso é que somos conhecidos pelos “Diferentes”. Claro que um evento desta dimensão dá muito trabalho a quem o organiza, mas podem estar tranquilos que o objectivo foi mais uma vez conseguido. Endereço daqui os meus parabéns ao presidente e camarada Valdemar da delegação de Chaves, ao Silva, e Afonso e restantes envolvidos. Uma menção especial para o Sérgio e esposa, pelos mimos e simpatia manifestada para com todos. Para a delegação de Chaves o meu obrigado por nos proporcionarem um regresso ao passado.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

General Américo Pinto da Cunha Lopes

Com a sua passagem à situação de reserva, não terão mais, os jovens militares, a oportunidade de ouvir os sentidos e profundos discursos de um militar de eleição. Nós rapazes da 2042ª Cmds, continuaremos a ter esse privilégio e que seja por muito tempo! Por isso Dizemos: Obrigado, e volte sempre meu Capitão…


No dia 22 de Maio, na sala Dª Maria do Museu Militar, em Lisboa, o CEME, General José Luís Pinto Ramalho, condecorou o tenente-General Américo da Cunha Lopes, por ocasião da sua passagem à situação de Reserva, verificada a 18 de Março, com a grande Cruz de Mérito Militar.

A GNR vai manter quatro oficiais portugueses no Iraque depois da retirada do contingente, que deve começar no próximo dia 12 de Fevereiro. Os quatro militares vão permanecer pelo menos até Abril. O anúncio foi feito esta quarta-feira em Talil, Iraque, pelo Segundo Comandante Geral da GNR, General Cunha Lopes. Desta forma Portugal mantém a sua representação na força multinacional.

Assim, vão continuar junto das forças da coligação dois oficiais em Bassorá no Comando da Divisão Inglesa e outros dois em Talil. Na base próxima de Nassíria, vão manter-se o Capitão Goulão, cujo trabalho tem estado ligado à célula de informações militares e o Major Óscar Rocha, que comanda actualmente a célula de relações entre civis e militares. No essencial, o trabalho deste oficial é coordenar acções de ajuda humanitária e de construção e/ou reconstrução de edifícios de suporte público.

Além do anúncio, Cunha Lopes passou uma mensagem de incentivo aos militares do 4º contingente do Sub Agrupamento Alfa. Substituiu o papel que tinha preparado pelo improviso e «deixou falar a alma e o coração». Além do abraço «dos 26 mil homens e mulheres da Guarda», trouxe ainda saudações de todos os portugueses, de norte a sul do país. O General lembrou aos militares destacados que «Portugal está solidário com o esforço daqueles que hoje fazem mais sacrifícios e estão em maior risco».

Visivelmente emocionado, o oficial lembrou que «ser soldado não é deslumbrar multidões com os dourados da farda. Ser soldado é levantar parapeitos e cavar trincheiras. O soldado o que tem de seu trá-lo às costas nas mochilas. Vocês são estes soldados. De coragem e valor. Porque fazem tudo, desde as coisas mais simples às mais difíceis e arriscadas, quando vos pedem para arriscar a vida sem sequer vos perguntarem se há filhos para criar».

Apesar dos rasgados elogios de «coragem» e «valor, qualidade que leva o soldado a expor-se aos perigos quando e onde é necessário», Cunha Lopes lembrou a «necessidade de ainda maior concentração» nos próximos dias de pré eleições.

Terminou agradecendo o exemplo que representam para o nosso país. «É um raro privilégio para um velho soldado passar algumas horas convosco», confessou. Aliás, as palavras que dirigiu aos militares foram deixadas «de soldado para soldado», como gosta de sublinhar. E o mesmo aconteceu no almoço de confraternização que se seguiu.

Cunha Lopes, tal como todo o Comando Geral da Guarda espera encontrar-se com os 127 homens daqui a três semanas, em Portugal.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Um dos primeiros "Comandos"



Trocavamos mensagens através da net, combinamos um encontro na Associação de Comandos no Castelo do Queijo, e passamos a ser grandes amigos. Comando da velha guarda, o Cabo Porto como era conhecido nos Apaches, foi dos primeiros comandos portugueses com comissão em Angola. De espirito jovem e bom comunicador, o Garcêz granjeia amizades por onde quer que passe. Para mim é um prazer enorme tê-lo como amigo e camarada, e companheiro das tecnologias, pois é um assiduo visitante dos blogues, onde deixa sempre o seu comentário. Por tudo isto e muito mais que não importa aqui realçar, deixo aqui neste blog a minha homenagem a um precursor dos Comandos, logo motivo da minha grade admiração.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A 2ª Operação da 2042ª Cmds

Adelino - Rubim - Daniel, no Ùcua em protecção no curso da 44ª e 45ª 25 - 07 - 1973 O dia em que morreu o Adelino


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Era mais uma operação igual a muitas outras, só que desta vez iríamos conhecer e sentir a experiencia de perder um camarada em combate. Já andávamos há dois dias na mata, e rasto de IN nenhum. Nessa noite já muito cansados dormimos como é habitual em círculo longe de imaginar o que nos esperava. O dia amanheceu com o habitual cacimbo, mas com boa visibilidade para prosseguirmos a nossa marcha rumo ao objectivo. Poucas horas depois vem a ordem para fazermos uma pequena paragem, estava na hora de tomarmos o pequeno-almoço, constituído por uma lata de leite achocolatado, a que nós adicionávamos umas bolachas, e pomposamente chamávamos a "papinha do “comando”. Mais revigorados e com o estômago aconchegado, prosseguimos a caminhada agora com mais dificuldade devido ao capim muito alto, e robusto que se apresentava à nossa frente. É então que vem a ordem do comandante do grupo, alferes Barnabé, para que a equipa do furriel Gomes, constituída por mim, cabo Araújo, Daniel, e Adelino passassem para a cabeça do grupo para assim abrir caminho que consistia em levar a arma na horizontal à altura do peito e com o nosso peso deixar-se cair para abrir um trilho para os restantes elementos. Para executar essa tarefa foi designado o Adelino devido ao seu porte físico e atlético. O ruído era perigoso mas inevitável, tínhamos consciência disso, tínhamos aprendido no curso todas as técnicas de aproximação mas neste caso não havia outra solução. Depois de termos percorrido umas centenas de metros em linha recta, flectimos para a direita onde nos deparamos com uma linha de àgua pouco profunda que só molhava as botas, que aproveitamos para beber, e logo de seguida subimos uma pequena elevação sempre com o Adelino à frente. Atingido o sopé, o Adelino só teve tempo de olhar para a esquerda e direita, porque acto contínuo uma curta rajada disparada de frente o atingiu mortalmente no peito, eu que vinha a escassos dois metros dele, e por isso ainda eu não estava campo visual de quem disparou, logo me debrucei sobre o seu corpo que se esvaiava em sangue, ainda a tempo de ouvir as suas ultimas palavras que lhe custavam a sair: Mãe…Mãeeeeee… Chorei. Tudo isto se passou numa fracção de dois minutos. Não reagimos porque foi tudo muito rápido, e não vimos o IN, a mata muito densa não o permitia mas ficamos com a certeza que o Adelino foi atingido a dois metros de distância. Naqueles breves momentos com os olhos humedecidos pelas lágrimas, fiz uma retrospectiva da nossa vivencia no curso e posteriormente como camarada da equipa, e só então me lembrei da sua premonição quando no decorrer do curso lhe perguntavam: Senhor Adelino, quer ser “comando”? ao que ele respondia: não meu alferes…eu não quer morrer! No final da operação regressamos ao Toto tristes por termos perdido um camarada e amigo que nunca esqueceremos…a nossa primeira baixa em combate. Poucos dias depois seria sepultado no cemitério de Catete em Luanda, onde estive presente a fazer guarda de honra a um dos nossos heróis. Até sempre Adelino!...

Quartel do Toto, onde estivemos 20 dias Julho de 1973
Aguiar, e Verdades a serem socorridos de ferimentos
Queima de um acampamento
A segunda saída da companhia para o norte de Angola e para as mesmas regiões do Zala e do Toto, deu-se no dia nove de Julho de mil novecentos e setenta e três, para nessa região se juntar às 33ª e 37ª C.C. e realizarem a operação Bicada B/IH.
Como na primeira operação também nesta um dos grupos da companhia separou-se no controlo militar de Sassa dirigindo-se para o Zala, pela estrada (picada) de Nanbuangongo. A companhia chegou ao Toto na manhã do dia dez de Julho, iniciando-se de acordo com o plano de acções, a largada dos grupos para as zonas de guerrilha no final da manhã.
As acções da operação Bicada B/IH desenrolaram-se numa zona de importância estratégica para a FNLA designada por COBA (Comando Operacional Baseado em Angola). No cumprimento dos objectivos traçados a companhia sofreu as suas primeiras baixas. Um morto, em confronto directo com o inimigo e três feridos graves, por accionamento de mina anti-pessoal colocadas nas proximidades e nos trilhos de acesso aos acampamentos atacados pelas nossas forças.
Alguns grupos foram recuperados para a base táctica da Cecília, acampamento de tropas comando e daqui seguiram em viaturas para o Toto.
O regresso a Luanda deu-se no dia trinta e um de Julho, com as baixas referidas e com resultados favoráveis insignificantes (uma mina anti-pessoal e documentação vária).